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Em alusão à campanha de Novembro Azul, mês de combate ao câncer de próstata e incentivo ao cuidado com a saúde masculina, o médico urologista Etore Andrade foi convidado pelos jornalistas Brenna Amâncio e Tiago Martinello, do Jornal Gazeta 93, para falar sobre a importância da conscientização sobre a prevenção ao câncer de próstata, que é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele.
De acordo com o médico, o câncer de próstata surge, normalmente, em homens a partir dos 50 anos de idade. É uma doença de caráter hereditário e está relacionada com a idade, ou seja, quanto mais velho, maior o risco. O histórico familiar é o fator de risco mais importante para desenvolver o câncer, mas existem fatores ambientais e estilos de vida que também podem aumentar a incidência.
O câncer de próstata não apresenta sintomas no estágio inicial, por isso, é importante realizar o rastreamento por meio do exame preventivo anual. O médico urologista não vai cuidar apenas da próstata, mas da saúde do homem em geral, a partir das consultas de rotina. A maioria dos casos não é tão agressiva, mas o tratamento deve ser procurado a tempo: para os pacientes que têm um diagnóstico precoce, as taxas de cura são de mais de 90%.
O urologista orienta, por recomendações da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que o homem comece a rastrear o câncer aos 45 anos, por meio do exame de toque retal e da dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA) no sangue. O problema, segundo ele, é que não há um planejamento na rede de saúde estadual: “Devemos melhorar o acesso efetivo da população ao exame preventivo. Temos apenas seis urologistas no Acre, todos atendendo na rede pública, porém, é uma quantidade muito pequena de profissionais especializados”.
Quando questionado sobre o preconceito existente com relação ao exame, Andrade esclareceu: “Ainda existem tabus acerca do exame do toque, mas é um exame simples, rápido e indolor. À medida que conseguimos mostrar ao paciente que em estágio precoce existe o benefício da cura, o preconceito é deixado de lado. O que eu sempre digo é: não existe um mês de ir ao urologista, devemos nos cuidar o ano inteiro, não somente em novembro”.
Fonte: Luanna Lins / A Gazeta do Acre